"Se se ganha dinheiro, o Cinema é uma industria. Se se perde, é uma Arte."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Participa no Festival de Cinema Jovem!

A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento lançou o concurso “Curtas de Cinema Documental Jovem”, que tem o objectivo de “desafiar jovens do ensino básico e secundário a desenvolverem curtas-metragens, para difusão dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)”

Podem participar jovens dos 12 e os 21 anos (inclusive). O concurso vai distinguir os melhores micro-filmes produzidos sobre os ODM, mediante registo de vídeo, captado por quaisquer tipos de novos media (câmaras digitais, telemóveis, outros).
As inscrições poderão ser efectuadas até 31 de Janeiro de 2011, através do upload directo das curtas no blogue www.curtas.oikos.pt.
Os filmes deverão ter duração máxima de três minutos, tendo que abordar o tema dos ODM das Nações Unidas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

100 de Hollywood (1920 - 2010)

"... A primeira festa da atribuição dos prémios da Academia aconteceu em 16 de Maio de 1929 e correspondeu aos premiados da produção de 1927 e 1928, ou seja, a época em que oficialmente apareceu o cinema sonoro. Naturalmente, os grandes vencedores ainda aram todos do mundo. Asas foi o filme distinguido nessa primeira festa, uma grande produção com impressionantes batalhas aéreas e cuja acção decorria na Primeira Guerra mundial. o actor premiado, Email Jannings, não esteve presente, enviando um telegrama da Alemanha a agradecer aos colegas. Nesses primeiros anos, atribuíam-se Óscares às melhores legendas, aqueles cartões de fundo negro que compensavam a falta do som e onde apareciam escritos alguns diálogos ou se descreviam as cenas. Logo na primeira cerimonia houve dois prémios especiais: um deles para os estúdios da Warner, pela inovação do sonoro com o filme O Cantor de Jazz, e o outro para Charlie Chaplin, pela versatilidade e génio demonstrados ao escrever, interpretar, dirigir e produzir O Circo.... A vida não é a preto e branco. Apesar de tudo, pode dizer-se que a cor nos filmes acompanha a película desde as primeiras projecções. logo nos primeiros anos, com imaginação, mas pouca definição, as cores eram conseguidas com recurso a um paciente e meticuloso trabalho de pintura manual, fotograma a fotograma. Ora se nessa altura já se projectavam 16 imagens por segundo (actualmente são 24), imaginem o trabalho que deu pintar algumas produções de Méliès ou o mais famoso filme a cores da época. O Assassinato do Duque de Guise que, em 1908, tinha os promenores da imagem coloridos à mão em totalidade bem fortes. ..." 
Por  Mário  Augusto in  PREMIERE

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Falar por falar ou falar por dizer?

Televisão essa que através da oferta de filmes, das séries emblemáticas e da imigração de estrelas do cinema para os canais temáticos difundidos no cabo, tem aqui na PREMIERE uma atenção militante quando alertamos para a importância especifica desse fenómeno. Antes de mais, é preciso aceitar o principio de que a televisão, tal como a conhecemos, acabou há muito e com ela um modelo de criação e distribuição de informação e ficção que, porventura mais do que qualquer outro, tem feito dos países europeus e dos europeus aquilo que eles são enquanto cidadãos e enquanto europeus. Como diria Nuno Artur Silva, o que está a fazer disparar toda esta mudança é uma revolução na rede tecnológica que sustenta e determina a informação (O Meio é a Mensagem), a formação, o entretenimento, as histórias, a economia e a cultura, os heróis e as sagas, os valores e as crenças, as novas mitologias, as realidades e os sonhos que são a matéria irreal de que somos feitos. Esta reflexão não faria sentido sem que nos interrogássemos sobre o panorama televisivo generalista que se apresenta em grande parte dos países europeus. Sendo assim, tudo indica que, por exemplo, a exibição dos filmes, de que tanto gostamos, na televisão dita generalista, tal como a conhecemos, estão num claro declinio, em termos de adesão, em grande parte dos países europeus, onde foram relegados para hórarios tardios. No que diz respeito aos conteúdos televisivos mais populares (exceptuado, em alguns países onde ainda passam em regime aberto, os grandes jogos de futebol) dificilmente se alcançam os números de telespectadores dos finais do século XX. A televisão, em geral e tal como a conhecemos presentemente, corre o risco de criar e sustentar o conceito de dois mundos. o dos mais endinheirados, que podem aceder ao cabo e á banda larga e suportar o preço da escolha personalizada, e o dos pobres, a quem resta apenas o fluxo dos reality-shows/novelístico das generalistas; um caudal immparável de entretenimento básico que irá influenciar e orientar o caractér básico dos seus consumidores. Com menor ou maior sucesso, é isso que os canais generalistas europeus, em geral, apresentam ou vão desenvolvendo como estratégia de fixação de um público cadastrado, fiel e sem poder de compra cada vez mais fragmentado e estratificado. Não admira, portanto, que uma publicação como a nossa, orientada particularmente para a produção, realização, distribuição e exibição de cinema, esteja disponível para se ocupar de forma semelhante no que respeita ao fenómeno da ficção televisiva.

Por Jorge Paixão Da Costa in PREMIERE